Conhecer seus direitos e quais os serviços de acolhimento oferecidos pelo poder público são as principais armas contra a violência doméstica. E foi pensando em multiplicar a informação que a Secretaria de Políticas para Mulheres de Itaquaquecetuba está com uma programação extensa de palestras neste mês que celebra do Dia Internacional das Mulheres – comemorado no último dia 8. Hoje, 18, foi a vez dos alunos da Casa Aberta que participaram da atividade e interagiram com os integrantes da pasta, inclusive, relatando casos de violência com familiares e com elas próprias.

A abertura da palestra foi feita pela primeira dama e secretária de Políticas para Mulheres, Joerly Nakashima, a dona Jô, que colocou os serviços de sua pasta à disposição além de incentivar o público a denunciar situações de violência, assim como estabelecer uma relação de solidariedade com as vítimas. “Temos que ajudar umas as outras. A mulher tem que ter o papel de ser companheira do homem e não ficar à sombra dele. Antes a mulher não falava da situação que tinha e hoje está reivindicando mais o seu papel, por isso, temos que nos unir”, frisou dona Jô.

O assunto também reforçou a importância de a mulher atuar na política. “Nós somos uma das cidades que mais têm mulheres à frente das secretarias, inclusive na Secretaria de Segurança, o que não é muito comum. Temos que garantir o nosso espaço”, ponderou a secretária. Segundo a coordenadora da pasta, Joelma Santos Oliveira, a falta de mulheres em cargos públicos tem reflexo imediato na vida da população, haja vista que as leis são formuladas em sua maioria por homens. “As leis são feitas por quem? São homens que não têm a sensibilidade de entender sobre essa violência”, explicou.

O diretor da Secretaria de Políticas para Mulheres, Marcus Lima, aproveitou o momento para dizer que o empoderamento feminino além de ser individual também envolve as pessoas ao redor, de maneira que a mulher que sabe dos seus direitos e limites deve apoiar outra que esteja sendo vítima. “Vocês não podem julgar umas as outras. Nenhuma mulher gosta de apanhar nem ser maltratada. Ela precisa de ajuda”, completou.

Durante da palestra foi distribuído para as mulheres um informativo intitulado “termômetro da violência” em que são descritos alguns casos e como ela deve agir. Joelma aproveitou para acrescentar que a violência não é só física, mas também moral, psicológica, patrimonial e sexual. Nos casos mais graves, a vítima, familiares, vizinhos, ou seja, as testemunhas, podem acionar o telefone 180 e chamar a polícia. 

Confira a programação das palestras:

19/03 às 14h – Casa Aberta

20/03 às 19 – IFESP

20/03 às 20h – IFESP

20/03 às 14h – CDHU do Jardim Odete – quadra do Rui Alberto

21/03 às 20h – Casa Aberta

22/03 às 19h30 – EJA Jd. Califórnia

25/03 às 13h30 – CRAS Caiuby

26/03 às 10h – CDHU Pedreira

26/03 às 14h – CDHU Pedreira

27/03 às 10h – Cras Quinta do Boa Vista

27/03 às 14h -Cras Quinta do Boa Vista

29/03 – Prêmio Mulher 2019