Com o intuito de divulgar trabalhos de produção literária de profissionais da educação, a Secretaria Municipal de Educação, Ciência, Tecnologia e Inovação de Itaquaquecetuba (Semecti) iniciou neste mês, um trabalho que consiste em entrevistas com autores de livros.

O primeiro entrevistado é Carlos Barros da Silva, escritor, professor de jogos matemáticos e projetos, bacharel em Teologia, graduado em Pedagogia e Tecnólogo em Gestão Ambiental, no ano passado publicou o livro “Resiliência à prova”, pela editora Literare Books.

Segundo o autor, o livro demonstra um processo de superação de vida por meio da resiliência bem como trata pontos críticos sobre o processo da educação informal e formal tradicional e dos modos diferenciados por meio do amor e do diálogo em que a educação informal e a formal podem ser desenvolvidas, obtendo desta forma melhores resultados: “O livro tem trazido bons frutos, pois todos os leitores têm elogiado, recomenda a leitura, fato que muito me satisfaz”.

De acordo com o escritor, no prazo de um mês e vinte dias da publicação a editora já havia vendido mais de 1.000 exemplares e, agora, um ano após o lançamento já chega a uma vendagem de aproximadamente 5.000 exemplares.

“A ideia de resiliência eu trago de minha vivência no escotismo, eu aprendi muito em relação à sobrevivência e mediante esta sobrevivência eu consegui superar todos os problemas da vida, eu vivi praticamente na rua e da rua eu nunca fui pra o lado da delinquência, quer dizer não é a pobreza que leva a pessoa a delinquência, mas sim o caráter e a personalidade, por essa razão eu me superei nas ruas, passei pelo Rio de Janeiro sozinho e consegui vencer e hoje eu tenho três faculdades”.

Problematizando também o processo da educação informal e formal por meio do castigo, o autor relata que na antiguidade para superar qualquer situação não se tinha um ensinamento na vida para aprender. “Tudo em casa ou na escola éramos castigados, até mesmo na escola tinha que ajoelhar em caroço de milho e eu por não concordar com este tipo de aprendizado por meio do castigo eu sai de casa, de Pernambuco, fui para o Rio e depois para São Paulo, eu fiz esta trajetória com 17 anos aproximadamente e eu venci na vida”, disse Carlos.

Para ele nunca é tarde para começar a vida. E para tanto se faz necessário estabelecer projetos de vida. “Agora mesmo, estou com outros projetos de vida, por exemplo, a minha casa hoje é sustentável, água reciclável, nos temos energia solar, então não adianta você reclamar que a vida esta difícil, você precisa recriando a vida e estar se adequando a cada momento da vida para superar toda a dificuldade”.

A supervisora escolar, Vania Cristina Silva Oliveira, da unidade escolar em que o autor trabalha, disse que em primeiro momento é importante destacar a valorização da pessoa, do homem e do profissional em questão.

Já o diretor da unidade Eurico Fame, explicou que com toda a bagagem de vida e experiência, o senhor Carlos tem contribuído em todo o processo de construção na formação das crianças.

A secretária adjunta de Educação, Verônica Cosmo Barbosa disse que seguindo as pontuações de Monteiro Lobato ‘um pais se faz com homens e livros’: “É muito importante valorizarmos nossos profissionais autores, daí a ideia em publicar entrevistas com professores e funcionários da Semecti que possuem obras literárias publicadas visando estimular sempre o hábito da leitura e da escrita”.

Jane Moura Santos, secretária de Educação ressaltou que a publicação literária é um momento de grande relevância para o autor e para a sociedade. “Neste sentido, todo o reconhecimento por parte da Semecti aos nossos funcionários autores, compreendo como parte integrante de nossas ações, portanto quero parabenizar o senhor Carlos por esta contribuição social, articulada por meio de sua obra ‘Resiliência à prova”.