A secretária de Políticas para Mulheres de Itaquaquecetuba, Hadla Issa, recebeu o convite para integrar o Comitê Municipal de Vigilância do Óbito Materno, Infantil e Fetal do Município. Os encontros são mensais, das 9 às 12 horas e, servem para estudar os casos de mortalidade materno infantil. A partir do resultado destes estudos, as estratégias serão montadas propondo medidas e ações para reduzi-los e aprimorar qualidade da assistência à saúde prestada à mulher e à criança.
A composição do comitê deve contemplar representações das instituições diretamente envolvidas na atenção à saúde da mulher e da criança, dos responsáveis técnicos pelo levantamento de informações, investigação dos fatos, elaboração de estatísticas vitais e outras atividades afins, bem como de outras entidades e organizações da sociedade civil.
Atualmente, a equipe é composta pela fisioterapeuta da Vigilância Epidemiológica, Andreia dos Santos, que possui função investigativa dos óbitos e organização do comitê, o médico ginecologista e obstetra, Luiz Minouro, responsável pela síntese dos casos de mortalidade, o pediatra neonatal, Ricardo Morais Bastos, responsável pela investigação hospitalar e discussão de casos e a integrante da pastoral da criança, Alice Crescêncio, que trabalha a discussão e síntese dos casos.
A Secretaria de Saúde da cidade registrou no primeiro quadrimestre de 2021, aproximadamente 6.636 acompanhamentos de consultas de pré-natal, enquanto no mesmo período, foram realizados 1.333 partos na cidade. A diferença no número ocorre devido a diferença do tempo gestacional durante as consultas. Cerca de 70 a 80% dos bebês de Itaquaquecetuba nascem no hospital Santa Marcelina, os demais nascimentos podem ser considerados em hospitais particulares ou ainda em outros municípios.
O óbito fetal ou nascido morto, também conhecido como natimorto, ocorre antes que seja expulso pelo corpo materno, independente de quanto tempo for a gestação. Pode ser dividido em óbito fetal precoce, intermediário e tardio.
O pré-natal diminui de forma considerada as mortes e intercorrências antes, durante e após o parto. A Rede Cegonha visa essa qualificação e o município de Itaquaquecetuba está com essa prerrogativa, ou seja, de assistir a gestante e a puérpera minimizando males e até óbitos.
O Município oferece para as gestantes a ultrassonografia obstétrica, que indica a idade fetal, a detecção precoce de gestações múltiplas, bem como malformações fetais que não suspeitas durantes consultas. As grávidas contam também, com a ultrasom morfológica, que vai contribuir no rastreamento de aneuploidias fetais e no diagnóstico de malformações congênitas.
De acordo com a coordenadora do comitê, Andreia dos Santos, a realização de ultrassonografias, orientações referentes à alimentação e doenças que podem ser repassadas durante o período gestacional são o foco dessa rede. “Precisamos implementar e melhorar cada vez mais os atendimentos às gestantes, para conseguir minimizar os riscos e salvar vidas”, detalha.
Para a secretária Hadla Issa, sua integração neste comitê vai favorecer mulheres em situação de violência, que são assistidas pela pasta. “Sabemos que muitas mulheres vítimas de violência doméstica não realizam o pré-natal, isso é fundamental. Com minha participação no comitê, vamos buscar esta assistência para as vítimas também”, explica.