O cenário é a praça de alimentação de um shopping da cidade. Famílias estão sentadas comendo e conversando. De repente, cinco mulheres se posicionam em lugares diferentes e ficam paralisadas. No instante seguinte, um casal começa a discutir. O homem bate na mesa e ameaça dar um tapa no rosto da mulher. A cena choca e começa um apitaço promovido por dezenas de mulheres que assistiram à cena.

Essa encenação protagonizada por frequentadores das unidades do Centro de Referência de Assistência Social (Cras) de Itaquá é chamada flash mob e tem o objetivo de levar uma mensagem e despertar a reflexão. Neste caso, o pano de fundo é a violência contra a mulher. A atividade aconteceu na noite da quinta-feira, 29, no Itaquá Garden Shopping e contou com cerca de 60 pessoas.

O mês de agosto é marcado pela celebração dos 13 anos da Lei Maria da Penha – que protege vítimas de violência e tornou mais rigorosa a punição contra agressores. Para marcar a data, as unidades dos Cras se uniram e articularam de maneira conjunta o flash mob, realizado pela primeira vez no município.

Segundo a secretária de Desenvolvimento Social, Fabiana Costa, é importante que as mulheres não se calem e denunciem os agressores. “A partir da lei a realidade das mulheres ganhou visibilidade e foi modificada. Por isso, é importante esse flash mob que foi feito de uma forma lúdica para chamar a atenção de uma maneira leve sobre um assunto tão delicado”.

A coreografia é de autoria da facilitadora do Serviço de Convivência e Fortalecimento de Vínculos (SCFV) Cícera Matias, da Associação Cultural, Artes, Lazer, Educação, Dança, Esportes e Entretenimento (Acaledee) e com apoio dos coordenadores dos Cras, Cristiane Teixeira (Caiuby), Érika Miller Santos (Quinta do Boa Vista), Taiana Gonçalves (Recanto Mônica), Delton Crispiam do Nascimento (Jardim Itaquá) e Sebastiana Lima Siqueira de Carvalho (Morro Branco).